Protegendo-se do Golpe do Pix Multiplicador: Dicas e Orientações

Em um cenário em que golpes cibernéticos se multiplicam diariamente, é crucial estar informado e adotar práticas que resguardem suas finanças. Um dos alvos mais recentes dessas ações fraudulentas é o Pix, o sistema de pagamentos que se tornou parte integrante do cotidiano dos brasileiros desde sua criação pelo Banco Central em 2020.

O golpe do Pix multiplicador tem como estratégia o uso de perfis em redes sociais ou WhatsApp para oferecer produtos fictícios ou prometer a multiplicação do valor transferido via Pix, apresentando oportunidades de investimento com retornos mirabolantes. Contudo, toda essa proposta é uma artimanha, uma tentativa ardilosa de subtrair seu dinheiro.

Funcionamento do Golpe do Pix Multiplicador

Em 2022, mais de 11 bilhões de transferências via Pix foram realizadas no Brasil, conforme dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Esse volume significativo de transações tornou o Pix um alvo atraente para golpistas, que desenvolveram o golpe do Pix multiplicador.

Nesse esquema, o golpista entra em contato por meio do WhatsApp ou redes sociais, muitas vezes utilizando perfis falsos ou se passando por conhecidos. Não se trata de uma estratégia tecnologicamente elaborada, mas sim de promessas de ganhos fáceis. O golpista afirma que é possível multiplicar seu patrimônio por meio de transferências Pix, garantindo retornos substanciais em questão de segundos. Alternativamente, podem tentar vender produtos a preços significativamente abaixo do mercado.

Ao ceder a essa proposta, você se deparará com mensagens falsas de outros participantes, alegando a veracidade da promessa. No entanto, todas essas mensagens são provenientes de pessoas envolvidas no esquema.

Ao realizar a transferência Pix solicitada, você perderá o valor transferido sem receber nada em troca.

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História Real: Vítima do Golpe do Falso Investidor

Em Cuiabá, uma mulher se viu envolvida em um golpe que teve início com uma postagem no Instagram. Uma pessoa publicou nos stories um print de um retorno substancial de um investimento feito via Pix, acompanhado de um vídeo assegurando que não se tratava de um golpe, que tudo estava correto e que todos poderiam confiar.

Impulsionada pela aparente legitimidade do perfil, a vítima decidiu explorar mais a fundo como funcionava a aplicação de valores. Foi então que o golpista, se apresentando como gerente de investimentos, entrou em cena. Ele enviou uma tabela com valores de transferência e ganho, destacando o início do que chamavam de investimento, embora fosse, na verdade, um golpe. O investimento começava com R$ 300 e prometia um retorno de R$ 1.100, gerando um ganho de mais de 266%.

Em uma mensagem, o golpista tranquilizou a vítima: "O investimento Pix seria um adiantamento no sistema, vou investir seu valor no sistema e te mando o Pix retorno conforme a tabela em menos de 1 minuto."

Diante das informações apresentadas e da proposta supostamente vantajosa, a vítima decidiu transferir R$ 1 mil, com a promessa de um retorno de R$ 4 mil, um aumento de 300% em relação à quantia aplicada.

Após realizar o investimento, o golpista enviou um áudio explicando que não poderia efetuar o pagamento do retorno no mesmo horário, alegando que estava tarde e o banco poderia não aceitar a transação. No entanto, assegurou à vítima que na manhã seguinte depositaria o valor prometido.

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Proteção Contra o Golpe do Pix Multiplicador

Adotar hábitos de segurança digital é fundamental para evitar cair em golpes, sendo essencial ativar a autenticação de dois fatores. Esta camada adicional de segurança requer uma senha adicional ao tentar acessar a conta de outro dispositivo, proporcionando uma defesa extra. Jamais compartilhe esse código com terceiros.

O uso de senhas robustas, aliado à prática de trocá-las regularmente, é outra medida crucial. Diferenciar as senhas bancárias das utilizadas em redes sociais aumenta a segurança.

Além dessas práticas, considere as seguintes dicas para se proteger de golpes, incluindo o Pix multiplicador:

• Desconfie de posts prometendo dinheiro fácil, mesmo que aparentem ser de familiares, amigos ou figuras públicas;
• Evite clicar em links suspeitos, especialmente quando enviados por contatos desconhecidos;
• Nunca compartilhe dados pessoais, como senhas, códigos de validação ou códigos de segurança do cartão. Lembre-se de que os bancos nunca solicitam essas informações;
• Restrinja seus perfis de redes sociais a contatos conhecidos e esteja atento a solicitações de login e senha. Nunca forneça essas informações a terceiros.

Encerramos este artigo com a recomendação de explorar mais conteúdos em nosso blog. Agradecemos pela leitura e reforçamos o compromisso de mantê-lo informado sobre segurança digital e financeira.